Substantivo Abstrato: Entenda O Conceito E Exemplos

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E aí, galera! Vamos desmistificar um conceito que às vezes pega a gente de jeito nas provas, especialmente no Enem: os substantivos abstratos. Sabe aquela palavra que não nomeia algo concreto, algo que a gente pode pegar ou ver diretamente? Pois é, estamos falando deles! Mas o lance que o pessoal costuma ter dúvida é quando um substantivo abstrato depende de outro ser para existir. Parece complicado? Relaxa, que a gente vai te explicar tudo com calma e exemplos pra você nunca mais errar. E pra fechar com chave de ouro, vamos dar uma olhada na questão que trouxe essa dúvida, analisando cada alternativa.

Desvendando os Substantivos Abstratos

Primeiro, vamos alinhar o barco, pessoal. O que diabos é um substantivo abstrato? Em termos simples, são aqueles nomes que se referem a qualidades, estados, ações, sentimentos, conceitos, ou seja, coisas que não têm existência própria e independente. Pensa comigo: você pode pegar uma mesa, um carro, uma casa, certo? São substantivos concretos. Mas e a felicidade? O amor? A saudade? A beleza? Você não pega a felicidade em si, mas sim algo ou alguém que te faz feliz. A beleza não existe por si só, ela é uma característica de algo ou alguém. Essa é a grande sacada dos substantivos abstratos: eles precisam de um ser (concreto ou abstrato) para se manifestar. A existência deles está atrelada à existência de outra coisa ou ser. Por exemplo, a "corrida" é um substantivo abstrato. Ela não existe sem alguém ou algo correndo. Da mesma forma, a "lealdade" é uma qualidade, um sentimento que precisa existir em alguém para ser percebida. Então, quando falamos de um substantivo abstrato, estamos falando de algo que surge a partir de uma ação, de um estado, de uma qualidade ou de um sentimento, e que essa manifestação precisa de um 'suporte'. É como se fosse um reflexo, uma consequência.

A Dependência Essencial dos Substantivos Abstratos

Agora, vamos afundar um pouco mais na ideia de que a existência de um substantivo abstrato depende de outro ser. Isso é fundamental para entender a diferença e para resolver as questões que exploram esse conceito. Pensa em "justiça". A justiça, como conceito, é abstrata. Mas ela só se manifesta, só tem "existência" prática, quando há atos de justiça, pessoas agindo de forma justa. A "beleza" é abstrata, mas ela é percebida em objetos, em pessoas, em paisagens. Sem algo para ser belo, a beleza, como uma qualidade observável, não se manifesta. O "medo" é um sentimento abstrato, mas ele surge em resposta a algo que causa medo, a uma situação de perigo. A "vida" em si pode ser vista como abstrata, mas ela existe em seres vivos. A "morte" também, ela é o fim da vida. Percebe a conexão? A dependência é a palavra-chave aqui. Os substantivos abstratos não são ilhas. Eles precisam de um 'terreno' para existir. Esse terreno pode ser um ser humano sentindo algo (medo, alegria), um objeto possuindo uma característica (beleza, feiura), uma situação ocorrendo (uma luta, uma corrida), ou até mesmo um conceito que precisa de aplicação (justiça, lei). Quando você pega um substantivo abstrato, sempre pergunte: 'E isso existe sem quê?'. A resposta geralmente vai te levar a outro ser ou coisa.

Analisando a Questão do Enem

Vamos agora encarar a questão que gerou toda essa discussão, galera. A pergunta é clara: "Qual das opções a seguir apresenta um substantivo abstrato cuja existência depende de outro ser, conforme o exemplo dado?". O exemplo que não foi dado na sua pergunta (mas vamos assumir que a lógica da questão é essa) é justamente a ideia de que o abstrato precisa de um suporte. Agora, vamos dissecar cada alternativa:

a) Deus vem vindo []

Nessa alternativa, temos a palavra "Deus". Deus é um substantivo próprio, e para quem acredita, Ele é um ser supremo, com existência independente. A questão aqui não é sobre a existência de Deus, mas se a palavra "Deus" em si funciona como um substantivo abstrato que depende de outro ser. Deus, na concepção teológica, é um ser que existe por si só, Ele não é uma qualidade ou estado que depende de outra coisa para se manifestar. Ele é a fonte, não o reflexo. Portanto, "Deus" aqui não se encaixa na descrição de um substantivo abstrato dependente. Ele é um ser em si, e a palavra "Deus" o nomeia diretamente, sem essa dependência que a questão pede.

b) Me dá o medo pavor!

Aqui, meus caros, a gente tropeça na palavra "medo" e "pavor". Ambos são excelentes exemplos de substantivos abstratos. O medo não existe no vácuo, ele é uma reação a algo que ameaça ou que nos causa apreensão. O pavor é uma forma mais intensa de medo. Para que o medo ou o pavor existam, é preciso que haja um sujeito sentindo esse medo, e também algo que esteja causando esse medo. Ou seja, o medo e o pavor dependem de um ser (quem sente) e de um estímulo (o que causa o medo). Se não há ninguém para sentir medo, ou se não há nada que cause medo, o medo como experiência não se manifesta. Essa alternativa bate certinho com a definição que estamos explorando: um substantivo abstrato cuja existência depende de outro ser (quem sente) e, indiretamente, do que causa o sentimento. É uma qualidade, um estado de espírito, que não existe isoladamente.

c) E, outra coisa: o diabo, é às brutas [...]

Similar à alternativa "a", o "diabo" aqui é apresentado como um ser. Na maioria das concepções, o diabo é retratado como um ser sobrenatural, uma entidade. A palavra "diabo" nomeia esse ser. Ele não é uma qualidade, um estado ou uma ação que precise de outro ser para existir. Ele é, na narrativa, um agente. A expressão "às brutas" descreve uma maneira de agir, mas "diabo" em si não se encaixa na categoria de substantivo abstrato dependente. Ele é, na sua concepção mais comum, um ser que age, que existe, independentemente de outra coisa ser "diabólica" no sentido de uma qualidade.

d) Da faquinha só se achava o cabo...

Nesta última opção, temos "faquinha" e "cabo". "Faquinha" é um substantivo concreto, um objeto. "Cabo" aqui se refere à parte de um objeto, também concreto. Não há nenhum substantivo abstrato aqui que se encaixe na nossa definição de dependência. A faquinha e o seu cabo existem fisicamente. Eles não são qualidades, sentimentos ou ações que dependam de outra coisa para se manifestar. A ideia aqui é puramente material, palpável. Portanto, essa alternativa está totalmente fora do escopo da pergunta.

Conclusão: A Resposta Correta

Depois de passar a limpo cada alternativa, fica claro qual delas atende aos critérios da pergunta. A alternativa b) "Me dá o medo pavor!" apresenta os substantivos "medo" e "pavor", que são substantivos abstratos. E a existência deles, como sentimentos, está intrinsecamente ligada a um ser que os sente e a uma situação que os provoca. Sem o indivíduo que sente e sem o gatilho, o medo e o pavor não se manifestam como experiência. Portanto, eles dependem de outro ser (quem sente) para existir como fenômeno. As outras alternativas trazem nomes de seres (Deus, diabo) ou objetos concretos (faquinha, cabo), que não se encaixam na definição de substantivos abstratos dependentes. Mandaram bem quem acertou essa! E pra você que ainda estava na dúvida, espero que essa explicação tenha clareado as ideias. Continue estudando, que o conhecimento é a nossa maior arma! Valeu, galera!